ALCEU LIMA
VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
Na tarde desta terça-feira, dia 19, às 14h, o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) fazem protesto em Taboão da Serra que começa na praça Nicola Vivilechio (centro), às margens da rodovia Régis Bittencourt, e termina na prefeitura. Apesar da não previsão de bloqueio da rodovia federal, o trânsito deve ficar prejudicado na região central durante a passeata de centenas de manifestantes que devem participar do ato.
Entre as reivindicações que vão tentar levar ao prefeito Fernando Fernandes (PSDB), os movimentos querem o aumento no valor do auxílio-aluguel e destinação de áreas ociosas ou abandonadas para projetos de moradia popular, como o terreno em frente ao INSS, no Jardim Helena, com esqueleto de prédios, muros arrebentados e tomado pelo mato, que serve de esconderijo para criminosos, para insegurança de quem passa pelo local – que já foi ocupado pelo MTST.
Em entrevista ao VERBO, o ex-vereador Paulo Félix, ligado ao MST, disse que no ano passado durante a campanha eleitoral Fernando “assumiu inúmeros compromissos” com o movimento, como a “discussão sobre construção de mais moradias populares nas áreas de Zeis [de interesse social], socorrer as pessoas que estão mais necessitadas de auxílio-aluguel, que moram em áreas de risco”. “Nenhuma delas foi cumprida”, disse. Procurado, o prefeito não se manifestou.
“Até quando o povo precisará marchar para conseguir fazer com que seus direitos sejam respeitados e os compromissos assumidos pelos governantes sejam cumpridos? Até onde vai a soberba e o desprezo pelas promessas feitas que ainda ontem eram gritadas nas ruas e estão frescas na memória das pessoas? São por estes e outros motivos que o povo foi às ruas em junho e é por isso que o povo organizado vai às ruas hoje”, diz Félix em convocação, por rede social, para o ato.