Explosão de caixas eletrônicos parecia prédio caindo, diz vizinho de mercado

Especial para o VERBO ONLINE

Bando de cinco homens se aproxima e usa pés-de-cabra para colocar explosivos em caixas eletrônicos

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

A força das explosões de três caixas eletrônicos em um hipermercado na estrada Kizaemon Takeuti, em Taboão da Serra, nesta quinta-feira, dia 31, tremeu janelas de casas próximas e provocou estrondo que parecia o de desabamento de um prédio, contou um vizinho do D’avó. Apesar do poder de destruição dos criminosos, o estabelecimento não fechou e teve funcionamento normal, apenas com aviso no local dos terminais – “Área em manutenção, acesso somente a funcionários”.

Bando de cinco homens se aproxima e usa pés-de-cabra para colocar explosivos em caixas eletrônicos
Às 6h23, 5 homens se aproximam e usam pés-de-cabra para colocar explosivos e arrombar caixas eletrônicos

O D’avó foi invadido por cinco homens armados com fuzis, metralhadoras e pistolas, além de explosivos e barras de ferro, quando ainda estava fechado, por volta das 6h20, pelo estacionamento, que é aberto antes do estabelecimento – no mesmo subsolo funciona uma academia. Para acessar o mercado e a área dos caixas eletrônicos, o bando estourou uma face de uma porta de vidro. “Entraram por aí, estava fechada ainda. Ficou só um lado”, disse um funcionário ao VERBO.

Os ladrões caminharam poucos metros e depois de subirem a escada rolante já chegaram até a área dos caixas, onde uma câmera de vigilância registrou a ação. As imagens mostram pelo menos dois homens empunharem espécie de pé-de-cabra e fazerem abertura nos equipamentos para introduzir os explosivos, que foram detonados. Alguns funcionários estavam no mercado para fazer a limpeza e ouviram a movimentação. A polícia foi acionada, mas o bando fugiu com o dinheiro.

A quantia roubada não foi divulgada. Muitas notas ficaram pelo chão com partes dos caixas explodidos – dos bancos Santander, Banco do Brasil e Bradesco. “Foi dinheiro esparramado para todo lado”, disse um funcionário. As máquinas teriam sido abastecidas no dia anterior. Uma pessoa que seria da gerência negou. A ação seletiva dos criminosos, porém, reforça a suspeita. No subsolo também há caixas eletrônicos, que não foram atacados e são os únicos em uso agora.

Caixas do Santander (esq.), Banco do Brasil (fundo) e Bradesco (dir.) cobertos com sacos preto; profissionais trocam iluminação
Caixas de Santander (esq.), Banco do Brasil e Bradesco (dir.) cobertos com sacos; técnicos trocam iluminação

Ao lado dos três caixas arrombados há outros cinco, que não foram explodidos, mas pararam de funcionar. Até o fim da noite, não se tinha previsão de quando voltariam a operar – profissionais mexiam nos terminais danificados, que foram cobertos com sacos pretos, e trocavam a iluminação, também destruída. Ninguém se feriu. “Ainda bem que ainda não tinha ninguém aqui”, disse uma lojista. A maioria dos funcionários, porém, era indiferente e não comentava nada.

“Pensei que tivesse explodido botijão de gás de alguma casa, tremeu tudo, começaram a tremer as janelas, quase quebraram. Era 6 e meia da manhã”, disse à reportagem morador em frente ao mercado, que fazia compras e olhava os danos. “Mas pelo barulho ainda fez pouco estrago, parecia um prédio caindo”, completou. Cerca de meia hora antes, um ônibus foi incendiado na Vila Indiana. A suspeita é de que o ato foi para despistar e afastar a polícia da área do mercado.

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