Criança autista é queimada no rosto com cigarro em EMI; governo Aprígio ignora

Especial para o VERBO ONLINE

EMI Maria Cebolinha (com placa desgastada com quase 2 anos sob Aprígio); garoto foi queimado com cigarro, mas a direção nem a secretaria avisaram a mãe | Verbo

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Um aluno de 5 anos autista foi queimado no rosto com cigarro por uma funcionária que estava fumando na EMI Maria Cebolinha, na última quarta-feira (31). Além de não ser permitido fumar dentro da escola municipal infantil, a contratada já teria “dado problema” em outra unidade escolar e mesmo assim foi colocada na EMI no Jardim Record. Se não bastasse, a direção nem a Secretaria de Educação comunicaram a mãe sobre o ocorrido com a criança.

A mãe do aluno procurou o VERBO para relatar o fato, indignada. Ela enviou uma foto do filho com vermelhidão no lado esquerdo da face, próximo ao olho – a reportagem não vai divulgar a imagem para preservar a identidade do garoto, que está no Jardim II da escolinha. “Ele é autista, tem 5 anos. Foi para a escola e voltou para casa com o rosto queimado de cigarro por uma funcionária que estava fumando na escola”, contou Cecília Jesus Lourenço.

Apesar do caso grave, a mãe não foi avisada pela diretora da EMI nem por ninguém, só soube pela própria criança. “Estou indignada. Um absurdo o que aconteceu e nem sequer me informaram. Nem ligaram e nem me mandaram bilhete na agenda [do garoto]. Só fiquei sabendo porque o meu filho falou. Ele é uma criança bem sincera, não tem malícia”, disse. A moradora foi à EMI (que fica atrás do Pronto-Socorro Antena) e confirmou na escola o ocorrido.

“Disseram que foi acidental, mas que essa funcionária já tinha sido avisada para não fumar dentro da escola. Ela foi transferida de outra escola, mas não quiseram me falar quem foi”, disse Cecília, que foi informada apenas que a pessoa é contratada por meio do PAP (Programa de Apoio Profissional). A bolsista já teria sido remanejada de outra escola por não respeitar normas. A mãe procurou a Secretaria de Educação e denunciou na Ouvidoria Municipal.

A mãe não ficou satisfeita com o tratamento dado pela secretaria ao caso e registrou o fato na polícia. No BO, a que a reportagem teve acesso, Cecília relata o que aconteceu com o filho e frisa que, mesmo após o garoto já ter deixado a EMI após a aula, “a escola não me relatou o ocorrido”. “Só me informaram quando cheguei lá e me disseram que iriam tomar as providências, falar com a supervisora dessa funcionária […] e ver o que eles poderiam fazer”, diz.

“Na hora que cheguei em casa, meia hora depois que o meu filho tinha deixado [a EMI], já telefonei para a escola. E mesmo ligando não me falaram o que tinha acontecido. Aí ligaram para mim para eu ir na escola, depois que eu já tinha ligado para eles poderem apurar os fatos. Eu já estava indo para lá e, chegando, eles mesmos me confirmaram que sabiam do ocorrido”, ressaltou Cecília a este portal. A mãe também denunciou o caso ao Ministério da Educação.

OUTRO LADO
O VERBO indagou o governo municipal sobre o caso – “como aconteceu de o aluno ter sido queimado com cigarro?”; “por que a funcionária foi mandada para a EMI Maria Cebolinha se já tinha dado problema em outra escola?”; “por que a Secretaria de Educação não comunicou a mãe?”; “que providências serão tomadas para que o episódio nunca mais se repita?” A gestão Aprígio (Podemos) ignorou. Uma emissora de TV esteve nesta segunda na casa da família.

VEJA BO FEITO PELA MÃE DE CRIANÇA AUTISTA QUEIMADA COM CIGARRO NO ROSTO EM EMI DE TABOÃO

Reprodução

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