Campanha anti-polio e de multivacinação termina nesta 6ª; ida aos postos é baixa

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Criança é vacinada em Taboão da Serra; no Estado ainda precisam ser imunizados 1,1 milhão de pequenos menores de 5 anos contra a polio | Ricardo Vaz-PMTS

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

A Secretaria Estadual de Saúde encerra nesta sexta-feira (13) a campanha de vacinação contra poliomielite e multivacinação. No Estado ainda precisam ser vacinadas 1,1 milhão de crianças menores de 5 anos contra a paralisia infantil. Apenas 47,8% do público-alvo foi vacinado até o final da última semana. A meta da imunização contra pólio é de 95% do público-alvo, 2,1 milhões de crianças. Até agora foram vacinadas 1.059.162 crianças.

A multivacinação também está bem abaixo da meta. Desde 2 de outubro, quando teve início, cerca de 641,8 mil crianças e adolescentes de 5 a 14 anos foram aos pontos para atualizar a carteira vacinal. Destes, 293,5 mil tiveram vacinas aplicadas – 45,7%. O índice de comparecimento está em apenas 10,2%. Na faixa de menores de um ano, 307,9 mil compareceram (cerca de 50,3% do público-alvo), com vacina aplicada em 209,9 mil (68,2% no total).

As campanhas têm como principal objetivo aumentar a cobertura vacinal e atualizar cadernetas com os registros, com aplicação de doses de vacinas importantes que podem estar pendentes, para garantir a devida proteção contra os vírus que circulam no território. Para garantir a prevenção contra polio, pais ou responsáveis por crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos devem levar os pequenos para receber a “gotinha” (vacina oral).

A Secretaria de Saúde reforça o pedido para que os pais e responsáveis levem os menores de 14 anos para atualização das carteirinhas e imunização contra polio. “Somente com a participação e o comparecimento de país e responsáveis aos postos de vacinação vamos garantir coberturas vacinais de 90 e 95%, metas indicadas para proteção efetiva da população”, diz a coordenadora do Programa Estadual de Vacinação, Helena Sato.

Os pais ou responsáveis devem levar as crianças a um dos 5 mil postos de saúde no Estado com a carteira de vacinação em mãos para que um profissional avalie quais doses precisarão ser aplicadas, tanto para eventual situação de atraso, falta ou necessidade de reforço. A medida melhora as coberturas vacinais, que têm oscilado nos últimos anos. No total, serão oferecidas 14 tipos de vacinas que protegem contra cerca de 20 doenças.

Em verdadeiro “arsenal” contra as doenças, as vacinas são: BCG (tuberculose); rotavírus (diarreia); poliomelite oral e intramuscular (paralisia infantil); pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenza tipo b – Hib); pneumocócica; meningocócica; DTP; tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); HPV (previne o câncer de colo de útero e verrugas genitais); além das vacinas contra febre amarela, varicela e hepatite A, segundo o governo.

Neste ano, passou a integrar o SUS (Sistema Único de Saúde) a vacina Meningo ACWY, que protege contra meningite e infecções generalizadas, causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y. Somando todos os tipos de vacinas, são mais de 5,2 milhões distribuídas nos postos do estado para aplicação na população-alvo. Veja a tabela completa com relação das vacinas, faixas etárias previstas para receber e dados de cobertura – aqui.

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