Família e amigos sob comoção se despedem de Dayane; 3 estão internados

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Sob forte comoção, familiares e centenas de amigos – muitos jovens – se despediram de Dayane Aparecida, de apenas 18 anos, na tarde deste domingo, no Cemitério da Saudade, em Taboão da Serra. A atendente de telemarketing moradora do município foi uma das duas pessoas que morreram em um grave acidente de carro na madrugada de sábado, dia 22, em via paralela à rodovia Régis Bittencourt no km 273 – sentido Sul do país – que serve de acesso ao retorno do Parque Pinheiros, em Taboão. Três dos outros quatro ocupantes do veículo estão internados, dois com quadro muito grave.

O motorista do carro, um Gol preto, o advogado Jorge Luiz Alves Silva, 26, estava na rua Acácio Ferreira quando perdeu o controle e se chocou contra um poste, que se partiu com o impacto. Victor Henrique Salomão, 18, morreu na hora. Dayane foi socorrida ao Hospital Geral de Itapecerica da Serra, onde faleceu. Jorge, com várias fraturas, foi levado também ao HGIS e está na UTI, inconsciente. Taize Costa, 18, atendida no mesmo hospital e também com politraumatismo, passou por cirurgia de emergência e já foi para o quarto, mas sem previsão de alta. “Rezem por mim, eu vou sair dessa”, disse ela.

Namorado de Dayane, William Miguel Vieira, 20, foi o único socorrido ao Hospital Geral do Pirajuçara e está também na UTI. “Meu Deus, deixe esse garoto conosco, um mlk [moleque] sonhador e com uma filhinha para educar”, disse o amigo Caio Do TB no perfil do jovem, que ganhou uma página própria para pedidos para que recobre a consciência e se recupere – “William Miguel Acorda e vem Viver”. De acordo com amigos, Fabio Silva teve menos ferimentos, chegou a sair do carro e pediu socorro para motoristas no local. Atendido no Pronto-Socorro Antena, ele ficou internado, mas já foi para casa.

Os presentes ao velório de Dayane estavam muito abalados. A mãe estava em choque e o pai, inconsolável. A jovem era descrita como sempre alegre, brincalhona e de sorriso contagiante. “Nunca a vi sem aquele sorriso”, disse Cida Lopes, amiga da família. “Minha anjinha tava linda, alguns arranhões, que não tiram a perfeição dela”, falou o amigo Gabriel Kêllo. “Pela primeira vez NÃO te vi sorrindo! e isso doeu muito em mim”, disse Caroline Vieira. Com camiseta da igreja católica que frequentava e caixão coberto com bandeira do Corinthians, o time do coração, Dayane foi sepultada sob palmas.