ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, no centro de Taboão da Serra
O péssimo estado de conservação do Parque das Hortênsias, na região central de Taboão da Serra, pode ter provocado a morte do casal de tigres e a do leão do zoológico municipal, que causaram revolta de moradores nas redes sociais desde o fim de semana. O lixo e restos de alimentos encontrados no espaço, além da falta de estrutura que impede a manutenção de jaulas e áreas de convivência deterioradas, geraram ambiente favorável para ocorrência de óbito dos animais, que estavam entre os mais visitados e despertavam maior curiosidade dos frequentadores do local.
A prefeitura confirmou o óbito dos felinos na semana passada, mas o leão e a tigresa teriam morrido em novembro, e o tigre, em agosto. O leão não teria resistido a um parasita sanguíneo. “Ele pode ter tido leishmaniose, é uma doença que o Estado de São Paulo tem e acomete alguns mamíferos, fica no corpo do animal e lesa as células vermelhas. Eu não sei qual parasita foi, mas a leishmaniose é transmitida por inseto, e lixo atrai mosca”, disse ao VERBO a médica veterinária Marianna Curi, 33. Ela falou em tese, sem ser específica sobre o caso – “não tenho os históricos clínicos para conclusão”.
O tigre teria morrido de problema renal. De acordo com Marianna, os sintomas da infecção – desde a dificuldade de urinar até sinais mais visíveis, como o animal apresentar pústula (inflamação da pele com pus) e úlceras (feridas) na boca – são perceptíveis na maioria dos casos. “Se o técnico do zoo faz observação diária, está sempre olhando o bicho, consegue diagnosticar”, disse. Ela falou que a alimentação também tem que ser adequada. “Não adianta só dar carne vermelha, coração de frango, resto de granja, tem que ter uma dieta balanceada. O problema pode ter sido oriundo de má nutrição.”
A tigresa aparentava ter infecção, foi aberta e teria tumores generalizados. A veterinária disse, porém, que é possível tratar. “Se o profissional está acostumado com a rotina do animal, pode perceber que está esquisito. Tem que investigar”, disse, sem descartar “falta de pessoal” para eventual falha. Ela falou que o ideal seria anestesiar o bicho para consulta preventiva, porém reconheceu que muitos zoos não têm condições. “Mas é exigência da Secretaria do Meio Ambiente que tenhamos o nosso próprio laboratório ou convênio com universidade, por exemplo, para realização de diversos exames”, alertou.
Procurado pelo VERBO, o novo secretário de Cultura, o vice-prefeito Laércio Lopes (PTB), não atendeu as ligações. Ao “Taboão em Foco”, o biólogo do zoo, Rodrigo Xavier, afirmou que os animais eram bem tratados e descartou qualquer relação entre as mortes e os problemas do local. Já o ex-secretário Ali Sati justificou que os felinos estavam “velhinhos”. Eles teriam cerca de 15 anos, e mais de uma década em Taboão. Mas o tigre vive até 23 anos, e o leão, 25. “O nosso [leão] está com 20, vai fazer 21 daqui a dez dias, e está ótimo”, contou Marianna, diretora do Zoo Municipal de Piracicaba (SP).
O que chama atenção é o óbvio: se o animal está doente, o tratador ou o responsável que em tese acompanha o animal, pode perceber e tentar tratar a tempo.
Outra sugestão interessante… gente, independente da situação estar complicada ou não, porque não se faz parceria com universidades? questão de administração e não de verba
Foi a maior vergonha para Taboão da Serra a morte desses animais! Mais duro diante da indignação do povo Taboanense é ouvir não explicações ,dos responsáveis,ma sim briga partidária,”carnaval da oposição’???!!!! Com certeza o tiro vai sair pela culatra,a indignação chegou a Taboão também!!!
Essa prefeitura está uma bagunça. Aliad sempre esteve. O que tem de funcionário público e livre nomeado que não trabalha so cerca, não está escrito. Na cultura mesmo está cheio. No parque das Hortências a gente vê descaso de funcionário preguiçoso o tempo todo. Enquanto existirem os mesmos funcionários vagabundos e enganadores as coisas em Taboão vao continuar as mesmas. Os poucos que trabalham de verdade sofrem nas mãos da maioria que só cerca. E os políticos responsáveis por esses funcionários ficam apenas no abafa o caso, pois já já é época de eleição, e em vez de assumir os problemas e fazer por onde para melhorar, perdem tempo montando defesas. Taboão terra de gente melindre que morre de reclamar mas não denuncia nada. Ainda bem que não moro mais nessa palhaçada de cidade.