Em ‘banho de cultura’, alunos de Taboão contam evolução da arte em arena lotada

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, no Jardim Record, em Taboão da Serra

Em “banho de cultura”, alunos da rede municipal de Taboão da Serra contaram a evolução da arte no mundo ao longo da história no tradicional Desfile de 7 de Setembro na cidade, nesta quinta-feira, na Arena Multiuso, no Jardim Record. Com alegorias de cada época e caracterizados de personalidades marcantes da humanidade, cerca de 5 mil crianças e adolescentes de 58 escolas retrataram as artes indígena, egípcia, grega, medieval, clássica, moderna e pós-moderna.

Alunas como obras de arte na pintura no desfile de 7 de Setembro em Taboão da Serra, na Arena Multiuso
Alunas como obras de arte na pintura no desfile de 7 de Setembro em Taboão, na Arena Multiuso pela 1ª vez
Arte cênica da Paixão de Cristo, e aluno como Michelangelo esculpe 'Pietà'
Alunos representam a arte cênica da Paixão de Cristo, e estudante como Michelangelo faz escultura da ‘Pietà’
Arena com arquibancada lotada de familiares e responsáveis pelos alunos
Em arquibancada da arena lotada, familiares e responsáveis observam alunos em desfile, debaixo de sol forte

Com representações caprichadas, os alunos mostraram pirâmides, faraós (reis do Antigo Egito), o Paternon (templo grego), monges do canto gregoriano, a “Pietà” de Michelangelo (escultura de Jesus morto nos braços de Maria), o teatro da Paixão de Cristo, a obra “Sonhos de Uma Noite de Verão”, de Shakespeare, Chopin ao piano, a Semana de Arte Moderna, personagens do cinema como Dr. Hannibal, do premiado “Silêncio dos Inocentes”, entre muitas outras.

Durante o desfile, o secretário de Educação, João Medeiros, falava que a rica apresentação dos alunos era reflexo da qualidade do ensino das escolas da prefeitura ao citar que o Ideb (Índice de Desenvolvimento a Educação Básica) do município era o melhor entre todas as cidades da região. A nota (média) de Taboão em 2015, último dado calculado, foi de 6,4, acima da meta projetada de 5,8 para aquele ano e quase o patamar esperado para 2021, que é de 6,5 pontos.

Pais e responsáveis lotaram as arquibancadas e demonstraram alegria pela participação das crianças na festa do 7 de Setembro na arena, que recebeu o desfile pela primeira vez após décadas de realização no Pirajuçara (desde pelo menos os anos 1980) – primeiro na estrada Kizaemon Takeuti e depois na avenida Fernando Fernandes. “A gente vem ver os netos, a gente é coruja mesmo”, disse moradora do Maria Helena, avó de aluno da EMI Sansão (Jardim Salete).

A moradora reclamou, porém, do acesso até o ponto do desfile, único a pedestres – com rampa de descida perigosa e subida penosa. “Por que a gente tem que dar toda uma volta, não fizeram uma outra entrada? Está dando dó do idoso, ele tem de descer tudo isso e depois subir. Tem que ter acessibilidade”, disse. Pais também se queixaram que ficaram distantes e que os filhos desfilaram muito rápido. Sob sol forte, a maioria das crianças tinha semblante de desconforto.

O prefeito Fernando Fernandes (PSDB), que assistiu ao desfile – de duas horas – em um palco protegido do sol, ao lado da mulher, a deputada estadual Analice Fernandes (PSDB), e vereadores, avaliou que o evento, na arena, foi positivo. “A gente quis trazer o desfile para cá, até porque fez a arena justamente para tirar os eventos da rua. E tinha a expectativa sobre se o povo ia vir à arena. Mas veio. A logística aqui é muito melhor. Foi um sucesso, estou muito satisfeito”, disse.

Fernando minimizou a crítica da única entrada do novo local. “Taboão hoje é o maior adensamento do Brasil. Não é um título para se honrar, é para se preocupar, então, o evento na rua acaba trazendo um grande problema de mobilidade urbana, transtorno do trânsito, da limpeza, não é algo fácil. [A arena] Tira esse grande problema. E o evento tem uma plástica melhor, fica mais bonito. No fim das contas, foi um grande ganho trazer o evento para cá”, afirmou o prefeito.

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