Santuário Santa Terezinha em Taboão da Serra celebra 60 anos de paróquia

Especial para o VERBO ONLINE

Da Redação do VERBO ONLINE

O Santuário Santa Terezinha, em Taboão da Serra, celebra 60 anos de paróquia (jubileu de diamante) nesta segunda-feira (12) em missa solene às 19h, presidida pelo bispo de Campo Limpo, dom Luiz Antônio Guedes, e concelebrada pelo pároco, monsenhor Aguinaldo de Carvalho. A igreja se tornou paróquia (elevada comunidade de fiéis, com cuidado permanente de um sacerdote) em 12 de outubro de 1955, instituída pelo cardeal dom Carlos de Vasconcelos Motta.

À época (e até 1989), a região era parte do território da Arquidiocese de São Paulo. O então arcebispo dom Motta criou, entre outras, a Paróquia Santa Terezinha, situada na metrópole, como presente aos católicos pela comemoração dos 400 anos da cidade de São Paulo, no ano anterior (1954), para além da capital. Antes, a igreja era uma capela na chácara de propriedade dos frades da Ordem dos Carmelitas Descalços (padres de congregação religiosa católica).

Santuário Santa Terezinha, no centro de Taboão, que foi criada como paróquia em 12 de outubro de 1955

“A origem de nossa cidade é católica. Ao contrário do que se imagina, os seminaristas e os padres carmelitas faziam uma longa caminhada de Pinheiros [capital] até aqui, uma espécie de peregrinação para um retiro de férias”, relatou o escritor José Sudaia Filho, sobre a casa que abrigava a capela. Ela era para uso dos religiosos e candidatos a sacerdote em período de descanso, mas aberta ao público aos domingos e dias santos, para missas, batizados e casamentos.

Aos poucos, a comunidade foi se formando, com o padre João Büscher como o primeiro religioso a dar atendimento regular. Elevada à paróquia, foi designado primeiro pároco o padre Ivo Carlos Spaniol, “que trabalhou com elevado espírito missionário na formação espiritual e pastoral dos cristãos da mais nova paróquia da região”, segundo a igreja. Em torno do templo cristão, os pioneiros puderam gestar o que, em 1959, se tornaria a cidade de Taboão da Serra.

Na década seguinte, padre Thomaz Raffainer, hoje monsenhor Thomaz – muito amado pelos fiéis – assumiu a paróquia como vigário-paroquial, em 2 de junho de 1966, depois como pároco, prestando grande serviço espiritual, pastoral e missionário, além de participar da construção da igreja matriz da cidade, iniciada em 1970 e inaugurada em 2 de outubro de 1974. Em 1987, chegou à paróquia o então seminarista Aguinaldo, para auxiliar padre Thomaz na igreja.

A partir de 15 de dezembro de 1988, já ordenado sacerdote, padre Aguinaldo foi designado pelo então bispo da Região Episcopal Itapecerica da Serra da Arquidiocese, dom Fernando José Penteado, como vigário Paroquial. Em 4 de fevereiro de 1990, foi nomeado pároco, por dom Emílio Pignoli, primeiro bispo da recém-criada Diocese de Campo Limpo. “Participar desta história é um grande presente de Deus, especialmente porque nasci nesta cidade”, disse ele.

Em 2002, a paróquia foi elevada a santuário, por ser uma igreja de grande fluxo de fiéis e devotos de Santa Terezinha. A igreja local é formada hoje por seis comunidades: Santa Terezinha (matriz); Nossa Senhora Aparecida (Jardim Taboão); São José (Pazzini); São João Batista (Ouro Preto); Nossa Senhora Aparecida (Solar de Amigos); e Nossa Senhora de Guadalupe (Maria Rosa). Comunidades, entre outras pela cidade, que se originaram da capela de mais de 50 anos atrás.

“A primeira comunidade de pessoas, antes mesmo de sermos município, se reuniu aqui onde era a chácara dos frades carmelitas, e daí a cidade foi crescendo, formando comunidades e aspirando à emancipação”, destacou monsenhor Aguinaldo ao VERBO dois anos atrás, ao declarar que seria justo que o dia de Santa Terezinha fosse feriado municipal – no último dia 1 de outubro, após aprovado pela Câmara, foi sancionado como Dia do Amor Misericordioso de Deus.

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