ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) inaugurou na quarta-feira, dia 21, o Poupatempo de Taboão da Serra e surpreendeu com uma guinada no discurso em que parou de falar sobre a importância do equipamento e outras obras para a cidade e região e passou a criticar o governo Dilma Rousseff (PT) acerca de um tema inusitado, a substituição de extintor de incêndio nos veículos. Durante a fala no ato de tucanos e aliados, um vereador petista ocupava o palanque.
Alckmin não citou a presidente, mas mencionou o governo federal ao declarar “total discordância com a troca obrigatória do extintor de incêndio do carro” e foi incisivo em classificar a medida de “barbaridade”. Em seguida, com um papel em mãos, listou vários países em que não seria obrigatória a substituição ou a mudança seria apenas uma recomendação, sem punição ao condutor. Ele tocou no assunto após falar rápidas palavras sobre o Poupatempo.
“É só para tirar dinheiro da população. Foi como o kit de primeiros-socorros, muita gente ganhou dinheiro, e depois de quatro meses a obrigatoriedade de ter no carro deixou de existir”, disse Alckmin, sem revelar, porém, que a norma valeu só de janeiro a abril de 1999 durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que depois sancionou uma lei que revogou a regra. Ele também criticou o aumento de aulas práticas para primeira habilitação de 20 para 25 horas.
“É tudo para tomar dinheiro e tirar tempo dos brasileiros. Já o Poupatempo facilita na questão do tempo e desonera a população”, insistiu Alckmin, ao procurar mostrar relação entre a medida do extintor e o serviço. Diante da investida contra o governo do seu partido, o vereador Edvânio Mendes, de Embu das Artes, sorriu, constrangido. Ele posou, porém, para foto com o governador. Justificou a presença por ter feito uma indicação do Poupatempo para a região.
Alckmin inicia o quarto mandato como governador de São Paulo, mas já está de olho em 2018 e busca se colocar como próximo candidato do PSDB a presidente, após ter sido eleito no primeiro turno e diante do desempenho pífio do ex-presidenciável Aécio Neves como força de oposição ao PT. Na inauguração do Poupatempo, o prefeito Fernando Fernandes (PSDB) chegou a dizer a Alckmin que “São Paulo precisa muito do senhor, e o Brasil precisa ainda mais”.
Resolução do Conselho Nacional de Trânsito, a obrigatoriedade do extintor “ABC” – tido como adequado para debelar início de incêndio em materiais sólidos, líquidos inflamáveis e peças energizadas – entrou em vigor em 1º de janeiro, mas no dia 5 foi suspensa por 90 dias. A partir de abril, o não cumprimento acarretará multa de R$ 127,69 e perda de 5 pontos na carteira de motorista. A suspensão foi decidida pelo ministro Gilberto Kassab (Cidades), desafeto de Alckmin.
Ele fala exatamente o que seu público quer ouvir, esse é demagogo e foge dos temas importantes do Brasil, ele sendo candidato em 2018, estará antecipando a 5ª vitória das forças progressistas contra o “estado mínimo” representado por São Paulo na pessoa de Alckmin e seu partido tucanístico, (psdb). Agora, quero ver é os vereadores votarem a lei da multa do governador ao povo taboanense e suas justificativas…
Enquanto isso, 53% da população paulista acredita que a crise hídrica em SP é culpa da Dilma e do Haddad… Por favor, Senhor, pára o mundo que eu quero descer!